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Foto do escritorMirela Poletti

Supervisão clínica jungiana


Carl Gustav Jung

A supervisão é uma etapa fundamental para os psicólogos que atuam na clínica ou em outro contexto profissional. Ela desempenha um papel crucial no desenvolvimento clínico, promovendo habilidades de escuta, acolhimento e intervenção dos profissionais da psicologia. É importante ressaltar que a supervisão ajuda a identificar pontos cegos em nossa abordagem analítica, bem como questões pessoais sensíveis que possam interferir no trabalho clínico e na saúde mental do psicólogo.


Esse compartilhamento durante a supervisão amplia as possibilidades de intervenção do analista, tirando-o do isolamento que pode ocorrer no processo de trabalho. Ter um ponto de vista externo sobre nossa prática é de extrema relevância, especialmente quando lidamos frequentemente com questões complexas e intensas. A supervisão fornece um espaço seguro para discutir e processar essas experiências.


Além disso, a supervisão oferece a oportunidade de abordar questões éticas que permeiam a conduta psicológica, garantindo que o tratamento dos pacientes seja conduzido de maneira ética, respeitando seus direitos e privacidade.


Profissionais em supervisão

Dentro da abordagem da psicologia junguiana, a supervisão segue princípios que se alinham com a compreensão junguiana do inconsciente e do processo de individuação. Nesse contexto, a supervisão não apenas se concentra nas técnicas e estratégias terapêuticas, mas também considera a exploração dos símbolos, arquétipos e imagens que emergem tanto no trabalho do terapeuta quanto no do paciente. A supervisão incentiva a autorreflexão profunda do terapeuta, promovendo o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal, aspectos essenciais para um terapeuta junguiano que busca facilitar o processo de individuação em seus pacientes.


Tapete com a inscrição "come as you are".


Por fim, é importante destacar que a supervisão não substitui a necessidade de os supervisionandos passarem por análise pessoal. Como Jung enfatizou, a análise pessoal é essencial para garantir a qualidade dos atendimentos. Marie Louise von Franz, em seu livro Psicoterapia, também enfatiza a importância de os analistas permanecerem conscientes de seus limites e contribuírem de acordo com suas capacidades. É comum ouvir que o analista só pode acompanhar o paciente até onde ele próprio já caminhou. Portanto, reconhecer e discutir esses limites em relação à realidade psíquica do paciente permite um trabalho analítico eficaz e honesto.






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